Produção Energética X Meio Ambiente
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Campanha Hora do Planeta

Essa é a segunda vez que a campanha é realizada no Brasil. Com divulgação na TV e na internet, a estimativa é envolver cerca de 200 cidades. Em 2009, ao lado de 40 mil cidades de 88 países, 113 cidades brasileiras participaram da campanha. Na ocasião, foram apagadas as luzes do Cristo Redentor, no Rio, do Congresso Nacional, em Brasília, e do Teatro Amazonas, em Manaus, por exemplo.
Neste ano, ainda não estão confirmados os monumentos que terão as lâmpadas desligadas. No Rio, cidade-sede da campanha, além de apagar as luzes do Cristo e da Praia de Copacabana, como em 2009, a meta é desligar os refletores do Arpoador, da Praia do Leblon e do Monumento aos Pracinhas, na zona sul, e ainda mobilizar os moradores da zona norte, apagando por uma hora as luzes da Igreja da Penha.
O objetivo da campanha é estimular a reflexão sobre os impactos do consumo de energia e sobre formas de geração de eletricidade que agridam menos o meio ambiente, afirma o presidente do Conselho Diretor da WWF, Álvaro de Souza.
“Essa não é uma campanha para poupar energia. O importante é a conscientização sobre a construção de uma matriz energética mais limpa.”
De acordo com o diretor, embora o desmatamento provocado pela construção de hidrelétricas também se reflita na emissão de gases causadores do efeito estufa, as usinas abastecidas pela queima de combustível fóssil, como ocorre na China, poluem mais. O representante da WWF lembra também que as nucleares deixam um passivo ambiental ainda sem solução para o planeta: o lixo contaminado.
“Todas as opções [de geração de energia] têm um preço. Todas têm uma pegada ecológica. A parte hidrelétrica, como no caso do Brasil, têm uma pegada mais tênue, o grande lance é o alagamento de grandes áreas para construção de lagos que, evidentemente, causam um desequilíbrio”, afirmou.
A campanha Hora do Planeta começou na Austrália em 2007 e se estendeu pelo mundo. No ano passado, ícones de destaque foram desligados nas principais capitais para chamar atenção para o avanço do aquecimento global. Entre eles, a Torre Eiffel, em Paris, o Coliseu, em Roma e a Times Square, em Nova Iorque.
Pré - sal
O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo. Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até 2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar a mais de 7 mil metros.
As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre. São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.

Primeiras Descobertas
Nas rochas da camada pré-sal existentes no mundo, a primeira descoberta de reserva petrolífera ocorreu no litoral brasileiro, que passou a ser conhecida simplesmente como "petróleo do pré-sal" ou "pré-sal". Estas também são as maiores reservas conhecidas em zonas da faixa pré-sal até o momento identificadas.
Depois do anúncio da descoberta de reservas na escala de dezenas de bilhões de barris, em todo o mundo começaram processos de exploração em busca de petróleo abaixo das rochas de sal nas camadas profundas do subsolo marinho. Atualmente as principais áreas de exploração petrolífera com reservas potenciais ou prováveis já identificadas na faixa pré-sal estão no litoral do Atlântico Sul. Na porção sul-americana está a grande reserva do pré-sal no litoral do Brasil, enquanto, no lado africano, existem áreas pré-sal em processo de exploração (em busca de petróleo) e mapeamento de reservas possíveis no Congo (Brazzaville) e no Gabão. Além do Atlântico Sul, especificamente nas áreas atlânticas da América do Sul e da África, também existem camadas de rochas pré-sal sendo mapeadas à procura de petróleo no Golfo do México e no Mar Cáspio, na zona marítima pertencente ao Cazaquistão.Nestes casos, foram a ousadia e o trabalho envolvendo geração de novas tecnologias de exploração, desenvolvidas pela Petrobras, que acabaram sendo copiadas ou adaptadas e vêm sendo utilizadas por multinacionais para procurar petróleo em camadas do tipo pré-sal em formações geológicas parecidas em outros locais do mundo. Algumas das multinacionais petrolíferas que estão procurando petróleo em camadas do tipo pré-sal no mundo aprenderam diretamente com a Petrobras, nos campos que exploram como sócias da Petrobras no Brasil.
A extração de petróleo da camada Pré-Sal
A descoberta de indícios de petróleo no pré-sal foi anunciada pela Petrobras em 2006. A existência de petróleo na camada pré-sal em todo o campo que viria a ser conhecido como pré-sal foi anunciada pelo ex-diretor da ANP e posteriormente confirmada pela Petrobras em 2007. Em 2008 a Petrobras confirmou a descoberta de óleo leve na camada sub-sal e extraiu pela primeira vez petróleo do pré-sal.
Em setembro de 2008, a Petrobras começou a prospectar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34. A Petrobras afirma já possuir tecnologia suficiente para extrair o óleo da camada. O objetivo da empresa é desenvolver novas tecnologias que possibilitem maior rentabilidade, principalmente nas áreas mais profundas.
Um problema a ser enfrentado pelo país diz respeito ao ritmo de extração de petróleo e o destino desta riqueza. Se o Brasil extrair todo o petróleo muito rapidamente, este pode se esgotar em apenas uma geração. Se o país se tornar um grande exportador de petróleo bruto, isto pode provocar a sobrevalorização do câmbio, dificultando as exportações e facilitando as importações; fenômeno conhecido como "mal holandês", que pode resultar no enfraquecimento de outros setores produtivos como a indústria e agricultura.

Administração do pré-sal
O governo brasileiro pretende criar uma nova estatal, que está sendo chamada provisoriamente de Petrosal. Esta nova empresa não seria destinada à exploração direta do petróleo, mas principalmente à administração dos mega-campos e à contratação de empresas petrolíferas para explorá-los em parceria com a Petrobras, definido conjuntamente com o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). É provável que esta empresa fique responsável pela gestão da parte do petróleo que ficará como pagamento para o governo no novo modelo de partilha de produção. Ainda não está claro se esta empresa também poderá investir em desenvolvimento tecnológico da área.
Alguns setores da sociedade brasileira chegaram a defender que a Petrobras tivesse exclusividade na gestão e exploração dos campos, mas o governo afirma que isto seria inviável no novo modelo de partilha de produção, pois existe uma grande participação de capital privado na empresa e o risco de esta tornar-se poderosa demais.
Informações importantes sobre a camada pré-sal
Estas reservas se formaram há, aproximadamente, 100 milhões de anos, a partir da decomposição de materiais orgânicos.
Os técnicos da Petrobras ainda não conseguiram estimar a quantidade total de petróleo e gás natural contidos na camada pré-sal. No Campo de Tupi, por exemplo, a estimativa é de que as reservas são de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo.
Em setembro de 2008, a Petrobras começou a explorar petróleo da camada pré-sal em quantidade reduzida. Esta exploração inicial ocorre no Campo de Jubarte (Bacia de Campos), através da plataforma P-34.
Futuro
Se forem confirmadas as estimativas da quantidade de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se transformar, futuramente, num dos maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser de alto custo.
Acredita-se que, somente por volta de 2016, estas reservas estejam sendo exploradas em larga escala. Enquanto isso, o governo brasileiro começa a discutir o modelo de exploração que será aplicado.

http://www.suapesquisa.com/geografia/petroleo/camada_pre_sal.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Camada_pr%C3%A9-sal
http://www.mundovestibular.com.br/articles/7678/1/Pre-Sal/Paacutegina1.html
http://blogdofavre.ig.com.br/wp-content/uploads/2009/08/pre-sal_info.jpg
http://ceudeouro.files.wordpress.com/2009/08/pre-sal.jpg
Tamara Baldasso
Hora do Planeta

A campanha Hora do Planeta 2010 contará com a participação de oito cidades brasileiras. Promovido pela ONG WWF, o movimento sugere para as cidades pelo mundo afora apagar as luzes durante uma hora - a partir das 20h30 -, no dia 27 de março. O objetivo é protestar contra o aquecimento global.
A capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, anunciou na última terça-feira (10/03) que incluirá na mobilização mundial oito monumentos de sua cidade: Estátua do Laçador (no Sitio do Laçador), Estátua de Bento Gonçalves (nas praças Piratini e Alfândega). Fonte Talavera (na Prefeitura Municipal), Julio de Castilhos (na Praça da Matriz), Largo dos Açorianos, Monumento ao Expedicionário (no Parque Farroupilha) e Viaduto Otávio Rocha.
Até o momento, o Brasil participa com duas capitais (Porto Alegre e Rio de Janeiro) e mais seis cidades: Barueri (SP), Osasco (SP), Porto Ferreira (SP), Rio das Ostras (RJ), Wenceslau Braz (PR) e Castro Alves (BA).
Neste ano, 92 países participarão da Hora do Planeta - quatro a mais que no ano passado. Todos os membros do G-20, do qual o Brasil faz parte, aderiram à iniciativa da WWF.
Grandes monumentos como a Torre de Tóquio (Japão) e o Portão de Bradenburgo (Alemanha) vão desligar a sua energia durante 60 minutos, em favor do combate ao aquecimento global.
JOICE KINZEL
http://portalexame.abril.com.br/meio-ambiente-e-energia/noticias/hora-planeta-tem-8-cidades-brasileiras-539710.html
Biodigestores
É um equipamento usado para a produção de biogás, uma mistura de gases – principalmente metano - produzida por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio). Um biodigestor nada mais é que um reator químico em que as reações químicas têm origem biológica.
O biogás pode ser usado como combustível em substituição do gás natural ou do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), ambos extraídos de reservas minerais. O biogás pode ser utilizado para cozinhar em residências rurais próximas ao local de produção (economizando outras fontes de energia, como principalmente lenha ou GLP). Pode também ser utilizado na produção rural como, por exemplo, no aquecimento de instalações para animais muito sensíveis ao frio (leitões até 15 dias de idade, por exemplo) ou no aquecimento de estufas de produção vegetal.
Pode ser usado também na geração de energia elétrica, através de geradores elétricos acoplados a motores de explosão adaptados ao consumo de gás.

Tipos de biodigestores
Biodigestor Anaeróbico Tubular
O biodigestor é composto de :
- Caixa de entrada – Esta é a parte do biodigestor em que é feito o carregamento dos resíduos animais e vegetais. Os resíduos podem ser submetidos a uma trituração e diluídos com água até atingirem o teor adequado de umidade (90 a 95% de água).
- Biodigestor propriamente dito - Dentro do biodigestor, na área de entrada de materiais, processa-se inicialmente uma fermentação aeróbica ácida na qual os açúcares simples presentes no material são fermentados e se transformam em acetato (ou ácido acético). No corpo do biodigestor passa a ocorrer uma fermentação anaeróbica concomitante. As bactérias que produzem acetato usam todo o oxigênio presente na carga inicial e o ambiente interno do biodigestor tende a ficar anaeróbico e as bactérias que sobrevivem são apenas as anaeróbicas. Elas utilizam o acetato em seu metabolismo e o transformam em metano. O ambiente torna-se totalmente anaeróbico e a formação de biogás ganha a maior eficiência. O dimensionamento do biodigestor deve permitir a retenção da biomassa. O nível de DBO (Demanda Biológica de Oxigênio) do líquido em fermentação declina e ele começa a se transformar em biofertilizante.
- Caixa de saída - A cada volume de carga na entrada corresponde à saída do mesmo volume de líquido do biodigestor. Este líquido deve ser armazenado em condições aeróbicas para que, sob a ação de bactérias nitrificantes, sofra uma última e drástica redução do seu nível de DBO. Estas reações bioquímicas finais resultam na formação do biofertilizante. Como também deve estocar o produto, este tanque aberto deve ter capacidade de armazenar cerca de 30 dias de produção do biodigestor.
Biodigestor de batelada ou de fluxo não continuo
É indicado locais que não produzem resíduos orgânico diariamente que servira como fonte de alimentação para as bactérias que transformaram em biogás. Sua alimentação é descontinua e a produção de gás não é constante.
A matéria orgânica é adicionada no biodigestor, e fica armazenada por um tempo determinado até a degradação do material ocorrer e a biogás ser produzido.
Por exemplo, um biodigestor com esterco bovino fica em média trinta a quarenta dias fechado, sem oxigênio, ocorrendo somente a retirada do gás. Depois é aberto, a biomassa restante é retirada, podendo ser utilizada como biofertilizante, e novamente é adicionada a matéria, repetindo-se o processo.

JOICE KINZEL
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodigestor_anaer%C3%B3bico
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=biodigestores&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=nfJlTICaN4W0lQfu_YjPDQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CDwQsAQwAw&biw=1024&bih=550