segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aproveitamento do lixo

A produção de lixo urbano no Brasil é de aproximadamente, 240 mil toneladas de lixo por dia. Somente 2% deste volume são reciclados.
Deste lixo, 88% vão para aterros sanitários. O gás metano que o ele produz está sendo implantado em alguns aterros, para gerar energia. Este processo, porém só consegue captar 5% do gás, os outros 95% ou são emitidos para a atmosfera ou ficam contidos na massa de lixo compactada nos aterros.
Hoje, a grande solução, altamente viável e já implantada em vários países desenvolvidos é a incineração do lixo, cujo nome técnico é RSD (Resíduos Sólidos Urbanos) com um componente adicional importante. Geração de Energia Elétrica.
Nestes tempos de crise de petróleo, de esgotamento das jazidas de carvão, enfim do final próximo e anunciado das reservas de combustíveis “não renováveis”, altamente poluentes, utilizar um combustível “renovável”, é uma solução que amenizará a crise energética brasileira.
O Brasil para crescer a modestos 3,5% do PIB ao ano, necessita injetar na sua matriz energética 3.000 MW por ano. Essa potência significa uma usina hidrelétrica de grande porte.
A incineração de 1000 toneladas/dia de lixo em usinas térmicas construídas especificamente para tal pode gerar de 22 MW até 30 MW a depender da tecnologia empregada. O custo de implantação médio é de R$ 5.000,00 por kW gerado. Este custo é 50% superior ao custo de uma usina hidrelétrica de grande porte, mas é compatível com o custo de uma PCH (pequena central hidrelétrica) que hoje gira em torno de R$ 4.400,00/kW.
O potencial teórico de geração de energia através do lixo brasileiro seria de 6.300 MW.
Hoje no mundo, existem mais de 90 usinas deste tipo processando resíduos e gerando energia. A cidade de Berlim é 100% abastecida com energia elétrica provinda de usinas térmicas que queimam lixo urbano, resíduos industriais e agrícolas.
Carmen Wiechorek

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